D. Maria II era filha do futuro Rei D. Pedro IV (Imperador do Brasil como D. Pedro I) e nasceu em 1819.
Em Março de 1826 o Rei D. João VI morria criando uma crise de sucessão em Portugal. O Rei tinha um herdeiro, D. Pedro, mas este tinha proclamado a independência do Brasil em 1822 e era então o Imperador daquele país. D. João tinha ainda um filho mais novo, D. Miguel, mas estava exilado na Áustria depois de liderar uma série de revoluções contra seu pai e seu regime liberal.
O Rei nomeou a sua filha favorita, D. Isabel Maria, como regente até que o legítimo herdeiro regressasse ao reino. Mas não especificou quem era o legítimo herdeiro, D. Pedro, o liberal Imperador do Brasil, ou D. Miguel, o exilado Príncipe absolutista?
A maioria das pessoas considerava que D. Pedro era o legítimo herdeiro, mas ninguém queria que ele unisse novamente Portugal e Brasil. O país europeu tinha estado sob o domínio brasileiro quando faziam parte do Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarve, estabelecido por D. João VI durante a sua estadia no Rio de Janeiro de 1808 até 1820. Consciente de que os apoiantes de seu irmão estavam prontos a trazer D. Miguel de volta e colocá-lo no trono, D. Pedro decidiu por uma opção mais concensual, abdicou do trono a favor de sua filha mais velha, Maria da Glória (que tinha apenas 7 anos de idade), e ela deveria casar com seu tio D. Miguel, que deveria aceitar a Constituição Liberal e agir como regente até a sua sobrinha ser adulta.
D. Miguel fingiu aceitar, mas quando chegou a Portugal depôs D. Maria e proclamou-se Rei, abolindo a Constituição Liberal. Durante o seu reino de terror, D. Maria viajou por diversas cortes europeias, incluindo a de seu avô em Viena, e também Londres e Paris.
D. Pedro abdicou do trono brasileiro em 1831 a favor de seu filho (irmão mais novo de Maria) D. Pedro II, e da sua base nos Açores atacou D. Miguel forçando-o a abdicar em 1834. D. Maria retornou assim ao trono e obteve o anulamento de seu casamento.
Depois de engravidar constantemente, os médicos informaram D. Maria sobre o perigo de dar à luz quase anualmente. Ela ignorou o risco que também tinha morto sua mãe; “Se tiver que morrer, morro no meu posto” disse. D. Maria II morreu enquanto dava à luz o Príncipe Eugénio em 1853. D. Maria II é relembrada como uma boa mãe e tipo de pessoa que sempre actuava de acordo com as suas convicções no sentido de ajudar o país. Posteriomente foi-lhe dada a alcunha de “A Boa Mãe”.
O reinado de D. Maria II sofreu uma insurreição revolucionária em 16 de Maio de 1846, mas foi esmagada pelas tropas reais em 22 de Fevereiro de 1847, e Portugal evitava assim a sublevação europeia de 1848. O reinado de D. Maria II foi também notável pela actuação na saúde pública contendo o contágio de cólera pelo país. Ela também implementou políticas que ajudaram o aumento dos níveis de educação nacional.
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